23 de set. de 2023

A flora ritualística dos Orixás e caboclos!


 Este artigo do Blog é destinada ao conhecimento das ervas que usamos no dia a dia de nossos trabalhos, para os amancis, banhos, defumações, e etc...

  Conheceremos as principais Ervas ritualísticas, e um pouco da história de cada uma delas, e a qual Orixá elas são pertencentes.

   Bem, vamos começar contando um pouco da história das ervas, sim, como tudo nas religiões Afro- brasileiras, as Ervas também tem suas historias, mitos lendas e tradições.

   Então Comecemos!

"KOSI EWÉ, KOSI ORIXÁ" (Sem ervas não tem Orixá).

  É assim que se diz entre  o povo do santo, quando quer se referir ao Orixá das ervas, OSSAIN, o detentor do poder mágico das ervas e Plantas.

Ossain, o Senhor das folhas

Originário de Iraô, atualmente na Nigéria, não fazia parte dos 16 companheiros de Odùdùwa quando na chegada de Ifá (Orunmilá)

Patrono da vegetação rasteira, das folhas e de seus preparos, defensor da saúde, é a divindade das plantas medicinais e litúrgicas. 

Cada Orixá tem a sua folha, mas só Ossain detém seus segredos. 

E sem as folhas e seus segredos não há axé, portanto sem ele nenhuma cerimônia é possível. 

Ossain usa uma cabaça chamada Igbá-Ossain, fuma tabaco e bebe mel e pinga.

Ossain recebêra de Olodumaré o segredo das folhas. Ele sabia que algumas delas traziam a calma ou o vigor, outras, a sorte, a glória, as honras ou ainda, a miséria, as doenças e os acidentes. 

Os outros orixás não tinham poder sobre nenhuma planta. Eles dependiam de Ossain para manter sua saúde ou para o sucesso de suas iniciativas.

Por isso rendemos graças a Odè (Oxóssi) pelas matas, más é a Ossain que devemos pedir licença para retirar as ervas, e agradecer pelo seu poder curador.


Conclusão

E desta forma fazemos a introdução a esse mundo marvilhoso que são as ervas usadas nos diversos rituais da liturgia Afro brasileira, tambem do homem do campo, assim como tambem aprenderemos um pouco do uso delas em remédios, banhos, chás, seus benefícios e seus perigos, tanto no conhecimento da sabedoria popular, como do conhecimento ritualístico.

Nos próximos artigos desta série, tentaremos desvendar os mistérios da flora dos Orixás e caboclos , e seus usos na liturgia tanto da Umbanda quanto no Candomblé, e em todas as linhas de trabalho.

Mas uma vez eu peço desculpas por qualquer erro que se encontre, pois não será intencional, e se puderem deixem um comentário me mostrando onde eu errei para que eu possa concertar e serei muito grato.

Um grande abraço carregado de Axé a todos!  


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